segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um dia é da caça, o outro...

Hoje em dia o papel do homem e da mulher na conquista do parceiro, chamemos-lhe assim, está um pouco confuso.
É certo e sabido que, no jogo da conquista, o prazer de «caçar» não pode ser aniquilado, sob pena de cairmos na chamada relação relâmpago, que mal começou já acabou... se é que alguma vez chega a começar. Perde-se a magia, o entusiasmo, o gozo, o encanto... e o jogo termina ainda antes de ter início.

Diz-se por aí que o homem é quem detém o papel de caçador, legando à mulher o papel de presa... diz-se, portanto, que compete à mulher a arte da sedução e da fuga, mantendo o homem sempre interessado em desenvolver a sua táctica de captura. Esta permitirá que chegue, finalmente, ao tão desejado "troféu"... friamente falando.

A verdade é que, como mulher, também sinto um certo prazer na conquista, se é que me faço entender... Também gosto de ver estimulado o meu interesse, na medida em que um homem que se revele demasiado perde muito do seu charme. A arte está, então, no doseamento. É aqui que reside o busílis da questão... saber dosear uma coisa que nos quer sair do peito a todo o custo, e de uma só vez, e não pode... ou não deve.

Em jeito de confissão, devo dizer que tenho uma certa dificuldade em alinhar agulhas... ou estou mesmo desinteressada e desempenho na perfeição o papel da presa, inconscientemente, conseguindo fiéis seguidores, que nunca alcançarão o seu "prémio" (segundo alguns, isso transforma-me no que hoje se chama uma cockteaser) ou, pelo contrário, estou tão interessada que deixo cair por terra as regras do jogo e ando de coração pendurado ao peito, "dificultando" o papel ao caçador.

As regras sei-as todas, as intenções são sempre as melhores, mas o resultado sai quase sempre adulterado. Isso acontece, claro está, porque, ao contrário do que muitos já estarão a pensar, não sou aquela cabra fria e calculista, disfarçada de presa ou de leoa... não, não se trata disso. Tudo o que descrevo acima não passam de meras constatações do que naturalmente acontece nas relações, sem que haja premeditação (pelo menos na sua grande parte, haverá uma ou outra circunstância em que as atitudes poderão ser (co)medidas, com segundas intenções, mas, no geral, tudo acontece inconscientemente).

Segundo consta, a natureza é sábia, nós é que complicamos tudo.

2 comentários:

  1. As pessoas normais caçam, as pessoam anormais... trolls... cromos... são caçadas ou deixam se caçar, porque, são de um tempo mais a frente. Os tempos já mudaram, caçar já não tem piada quando todos caçam, por isso ando a fugir que nem uma lebre :D

    beijinhos,

    CS

    PS:saudades destes posts

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  2. A mim o que me parece é que tens toda a razão cara coke! Isto é uma SELVA!

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