segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um pedaço de céu

Um refúgio junto ao mar, uma janela para a piscina, um jantar ao ar livre, um miradouro com direito a luar reflectido na ria, dois braços fortes à minha volta, um bom dia dado sem palavras e um pequeno almoço a dois, tomado quase fora de horas...

Nos intervalos disto e daquilo, que nos vai atropelando dia a dia, surge assim um oásis inesperado, que nos dá força e impulsiona. É então que percebemos que vida é mesmo isto, não são só frases feitas, é mesmo verdade, tudo se resume a momentos raros e inesquecíveis, que vamos coleccionando aqui e além e que acabamos por guardar para sempre connosco, no matter what.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Férias??!! ...

Férias... por enquanto não passam de uma miragem, ando a vê-las ao looonge e, quando chego perto, transformam-se sempre em mais um caixote para carregar.

Sonhos transformados em realidade ou em pesadelo?... É o que ainda estou para descobrir.

Até agora só conheci a parte pesadelo...

Desde Julho que ando mergulhada nesta aventura da mudança radical, da viragem de uma vida de patas para o ar, e um enorme mar de dúvidas constantemente me assola. Começamos a perceber que talvez tenhamos feito merda quando conseguimos alguém para ficar com a nossa casa e choramos angustiados, quando procuramos casas para viver, semelhantes à que deixámos para trás, e só encontramos pardieiros arrendados como se palácios fossem... Não, não estou a exagerar, estes alfacinhas por vezes sofrem de debilidade mental aguda, bestialmente severa. Já me quiseram arrendar imóveis (como eles gostam de lhes chamar... para mim barraca seria já demasiado) tipo caves (sem janelas, mas com ar condicionado, dizem as alminhas) ou T2 em que as divisões rondam os 8/9 m2, e sem roupeiros, por algo como 550 euros/mês. É de loucos mesmo. Não têm qualquer noção do ridículo. A vontade que nos dá é começar a dar uma de olhanenses e a partir-lhes o focinho. O pior é que a loucura é generalizada, não se cinge apenas a determinada área, para eles todas as zonas são o máximo, se não são Lisboa, são perto de Lisboa, portanto valem o mesmo... «-Há aqui muitos transportes!», dizem orgulhosos...

Já tive que tentar arranjar um novo dono para o meu Bolshoi, por não conseguir arrendar sozinha uma casa com espaço para ele, tal é o absurdo de preços que nos são apresentados. Cedo percebi que essa seria, de todas, a maior loucura que iria cometer. O Bolshoi é que não! Esse seria um preço demasiado alto já... ele tem uma dona, EU, não precisa de mais dono nenhum.

Neste momento acabei as mudanças da primeira fase e coloquei tudo no armazém da tia. Agora falta o principal, arranjar algo a que consiga chamar casa, que tenha aspecto de casa normal e com um terraço ou quintal para o meu loiro (a chamada mission impossible).

Ponto da situação:
Casa no Algarve: Zero
Casa em Lisboa: Zero
Residência actual: Casa dos progenitores
Residência actual do Bolshoi: Casa dos tios
Residência dos dois a partir de 1 de Setembro: Inexistente
Pardieiros a visitar: 2
Dias de praia: 3 (em Junho =S)... ah e um anteontem... meio vá... na praia do Amado =)
Dias de férias: Zero

Já experimentei dividir casa, já encontrei casas fantásticas e estive a um bocadinho assim de viver nelas, mas não resultou e daqui para a frente contarei comigo e apenas comigo... pardieiros ou não, serão meus e do loirinho apenas... na pior das hipóteses estarei de regresso a terras algarvias daqui a quatro anos ;) ou não =) E não venham com o «Eu aviseiii», porque também sei que mudanças nunca são fáceis e que o tempo natural de adaptação é complicadito. Ainda tenho esperança de ver surgir melhores dias no horizonte e de conseguir curtir a minha Lisboa como sempre a imaginei.