domingo, 14 de fevereiro de 2010

Unconquerable

Este podia perfeitamente ser um post sobre mim... sobre este dia em particular, mas não. O que aqui vou escrever não pretende de modo nenhum falar sobre o dia 14 de Fevereiro, mas sim do filme que ontem vi.

Invictus em latim, Unconquerable em inglês ou Inconquistável na nossa Língua... a alma de Nelson Mandela, a alma que no entanto conquistou tanta gente.

Enquanto via o filme não consegui deixar de comparar a trampa de políticos que hoje nos governam com a grandeza daquele homem e de como seria o mundo se todos os líderes possuíssem pelo menos um décimo da magnanimidade e integridade do grande Madiba. Cheguei à conclusão que tentava comparar o incomparável, é como tentar comparar o papa à Madonna.

Clint Eastwood, ao seu melhor nível mais uma vez... e não me venham falar em falhas vãs, como carros que não existiam na altura e que aparecem no filme, não me venham falar em histórias paralelas associadas àquela final da taça, que não são sequer mencionadas no filme... são de importância menor e em nada alterariam a mensagem. O que de facto importa está lá e não há quem não saia da sala de cinema sem trazer Nelson consigo no pensamento.

Como é possível ter mantido uma alma tão nobre em cativeiro durante quase 30 anos?... E pensar que o que o fez manter-se são e com forças para suportar a sua tão pesada e injusta sentença foi um simples poema de William Ernest Henley...

Out of the night that covers me
Black as the Pit from pole to pole
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade
And yet the menace of the years finds
And shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate
How charged with punishments the scroll
I am the master of my fate,
I am the captain of my soul

Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada, devemos esmagar o apartheid.
Nelson Rolihlahla Mandela

(Curiosamente, Rolihlahla, nome dado a Mandela pelo pai, significa, na sua língua mãe, Troublemaker... =) I wonder why =D)

Well done great Madiba. You did it!

10 comentários:

  1. :) Surpresa :)

    por acaso não apreciei muito o filme!

    Se fosse de outro realizador..mas sendo do Clint a expectativa é sempre alta. Comparando com o Gran Torino, Million Dolar Baby ou Mystic River, acho que fica muito atrás!

    Acho que realmente se sai com o espírito de Mandela no pensamento..mas a história condutora podia ser outra. O Mat Damon a fazer de outo de 20 e tal anos.. já não cola :)

    Com toda a história de vida que ele tem...o argumento podia ser outro. Eu pelo menos achava mais interessante ver "apenas" um filme biográfico sobre ele..

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  2. É verdade...o dia 14/02 é para "sissys" ;)

    "Don't sweat it" :)

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  3. P/ LC: Estranho seria se estivessemos de acordo no que respeita a cinema, n é?? =D

    Se fosse um biográfico não teria qualquer piada, não era essa a intenção deste filme... este foi um episódio original na política e que mostrou a inteligência deste grande homem, para além de tudo o que se diz sobre ele e que já conhecemos ;)

    Qto ao dia dos namorados... não é que o ache para «sissys», mas tenho pena da relação que só for celebrada no dia 14 de Fevereiro ou em qq outra data... for sure will not survive ;)

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  4. Era esse o meu ponto. O dia 14 é quando o homem/mulher quer! :)

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  5. P/ LC: Assim sendo lá concordamos em algo mais =D

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  6. Durante o filme o meu espírito critico foi-se metamorfeando com a sequência de situações e trama de argumento. Comecei por interiormente sentir que estava perante uma apologia +- barata ao rugby e ao N. Mandela.
    Comecei a perceber, a pouco e pouco, que as ideias de grande humanidade daquele grande homem, alí nos começavam a ser reveladas de forma simples e acessível a todos.
    Mais tarde, esquecendo as vestimentas, mais ou menos engendradas da realização, "senti" a verdadeira mensagem, a nu, de alguém que fermentou durante 30 anos o pão que alimentou a união daquele país.
    Em grande parte fez-me recordar o Gandhi.
    Gostei muito da tua análise.
    Um beijinho

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  7. P/ Leitão: Obrigada =)Isto não foi exactamente uma análise, mas fico contente por saber que gostou ;)
    Beijinhos

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  8. Estou completamente de acordo com o teu amigo Leitão: a história vai-se infiltrando a pouco e pouco e na realidade faz lembrar a história de Ghandi. Recordo o filme com o mesmo nome com esse grande actor que é Ben Kingsley.
    Com outros meios, outra história, mas uma visão semelhante.
    O facto do Matt Damon já estar "velhote" para fazer de puto de 20 anos não é muito grave e a caracterização é excelente; comparem-no com os filmes do Jason Bourne onde parece bastante mais velho.
    Haver um carro fora de época nas filmagens (não vi, mas é possível) é bem menos grave que as bilhas de gás dentro das quadrigas no filme "Gladiador" ou um avião no "Non, ou a vã glória de Mandar"e não é por aí que os filmes deixam de ser bons.
    E mais não digo.
    Beijo do Elfo

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  9. P/ Elfo: =)) É exactamente o que penso. Não foi o filme da minha vida, mas saí de lá com o espírito elevado, a sentir-me leve com a grandeza daquele homem tão inteligente, honesto e generoso. Acho que nós, que lidamos com o que serão os homens e mulheres deste mundo, mais do que ninguém, sabemos que estas são qualidades em vias de extinção e temos uma certa sede de gente boa ;)
    Beijo grande para o Elfo atento =)

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Express yourself, don't repress yourself. ;)